Fórum de Segurança do Ceasa aborda temas como trânsito e roubo de cargas

A segunda reunião do ano do Fórum de Segurança do Ceasa recebeu como convidadas especiais a presidente do Conselho Estadual de Trânsito de Pernambuco (Cetrans-PE), Simíramis Queioz, e a delegada adjunta da Delegacia de Polícia de Roubos e Furtos de Cargas de Pernambuco, Priscilla Gomes, que falaram justamente sobre dois dos principais assuntos que ultimamente vêm sendo enfatizados pelo Fórum: intervenções para dar mais fluidez ao trânsito na área interna e nas proximidades do entreposto e o combate efetivo ao roubo de cargas.
Na sede da Assucere, os comerciantes do Ceasa ressaltaram no encontro a necessidade de a Polícia Civil intensificar as ações de investigação dos casos de roubo de cargas no Estado. “É possível fazermos um mapeamento das ocorrências nos últimos meses e, com base nesse levantamento, traçar estratégias de inteligência visando o combate a esse tipo de crime que cresce em todo o país. Contudo, precisamos trocar informações e unir forças”, declarou a delegada Priscilla Gomes. “A receptação de cargas roubadas também é crime e deve ser igualmente combatida, com as punições legalmente cabíveis e aplicadas a quem esteja comprovadamente envolvido na prática da receptação de produtos provenientes de roubo”, ressaltou o diretor Técnico-Operacional do Ceasa-PE, Paulo de Tarso.
Flávio Carvalho, agente da Polícia Rodoviária Federal, destacou que a PRF vem trabalhando em operações que têm como objetivo reprimir crimes de desvio e receptação de cargas roubadas realizados por organizações criminosas. “Muitas dessas quadrilhas têm ramificações em outros estados e contam na natureza dessas operações com galpões onde as cargas roubadas são armazenadas e distribuídas posteriormente e com a participação de estabelecimentos comerciais que fazem a receptação do produto roubado”, disse.
Também presente ao encontro, o delegado titular da Delegacia da Várzea, Evaristo Ferreira Neto, se colocou à disposição para dar uma dinâmica maior às operacionalizações que tenham como missão coibir a violência em todos os níveis, dentro do Ceasa e nos arredores do entreposto. “Vejo este centro comercial como um grande parceiro das forças policiais, principalmente a partir da criação desse Fórum. Tenho acompanhado o trabalho que o Ceasa e a Assucere fazem para implantar uma cultura de paz. E a Polícia Civil tem orgulho de fazer parte dessa iniciativa. Em nome de todos os policiais civis e de todos os delegados de Pernambuco, parabenizo vocês por esse projeto de unir forças e aglutinar ideias para o enfrentamento da violência”.
Preocupados com os congestionamentos que as obras de requalificação da BR-101 devem causar nas imediações do Ceasa, os permissionários também debateram a questão do trânsito e as intervenções que podem ser feitas visando reduzir o impacto direto na fluidez do tráfego de veículos no entorno do entreposto, incluindo as rodovias de acesso ao Ceasa, as alças e as vias de entrada e saída. “Corremos o risco de ver tudo travado quando as obras chegarem próximo ao Ceasa”, externou o gerente de loja Daniel Cavalcanti.
Segundo relatos de motoristas que trafegam pelo trecho em obras da BR-101, o trabalho dos agentes de trânsito ajuda na circulação de veículos, mas não está sendo suficiente para acabar com os congestionamentos, que pioram no horário de pico. A recuperação dos 30,7 quilômetros da rodovia na Região Metropolitana começou no ano passado e a previsão é de que termine no próximo mês de dezembro. As obras estão sendo feitas por etapa. Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), a obra também deve contemplar a restauração de um trecho da avenida Recife, perto da sede da Justiça Federal.
A presidente do Cetrans-PE, Simíramis Queiroz, relatou que esforços estão sendo feitos para minimizar os transtornos e declarou que cuidar do trânsito é uma questão de segurança. “É preciso que haja uma reflexão individual sobre a colaboração para a vida das pessoas, inclusive no que se refere ao trânsito. Cada um de nós é responsável para que se evite acidentes. A educação e o respeito às leis de trânsito fazem toda a diferença”, pontuou.
O presidente da Assucere, João de Deus, frisou a importância da requalificação da BR-101 para a logística de transporte e distribuição na cadeia de abastecimento, mas revelou preocupação com a interferência da obra nas operações comerciais do Ceasa. “Vamos juntos debater alternativas que possam facilitar o acesso dos clientes, fornecedores e trabalhadores ao entreposto, em decorrência das obras na BR-101”.
No estágio atual do processo de requalificação da rodovia um dos trechos mais complicados para transitar é o que vai de Dois Irmãos (Zona Norte) à Cidade Universitária (Zona Oeste), sentido Ceasa. “Estamos atentos ao fato e vamos discutir o que podemos fazer mediante o impacto que a obra pode causar no fluxo viário dos motoristas que têm o entreposto como destino”, afirmou Paulo de Tarso.